Palavras do Giovane aos Retalhos


Vulcão que explode e nos implode

Carlos Giovani Delevati Pasini[1]


Tive a grata satisfação de ser um dos primeiros a ler as duas obras da escritora Camila Canterle Jornada. Tanto “Faces do Ser”, sua primeira obra, quanto a que o leitor tem em mãos, são marcos para a nossa literatura regional.
Quando a escrita é fantástica e provém de uma poeta que possui a inspiração “fora da carne”, não temos que fazer esforço algum para elogiar a beleza de sua arte.
 As suas “esculturas de letras” – poemas (e prosas poéticas) construídos com alma, saliva, suor, paixão e amor –  delimitam uma grande autora, que agora reafirma a qualidade do sucesso obtido com “Faces do Ser”.
Os “Poemas em Retalhos” magnetizaram os meus olhos, de um jeito tão estonteante, que escapei das agruras do tempo e do espaço. Entrei nas fumaças da eternidade e enquanto percorria os recortes da Camila, escapava da iniquidade da transitoriedade da vida. Nossas almas foram feitas para a perenidade, mas não o são.
As letras da Camila Canterle Jornada nascem com o artifício desejado por todos os mortais: elas brotam, como em Caio e no Oracy, com a durabilidade de todas as décadas e por todos os séculos. Um vulcão que explode e, por consequência, nos implode.
Parabéns à autora.
Ela utiliza alguns atalhos e artifícios necessários a todo o poeta de qualidade: o dom de emocionar o leitor e fazer com que ele se identifique com a obra lida.
Nasce mais uma estrela.
A literatura é o seu brilho.
Os poemas são as suas pontas.

Somente mais uma palavra sobre o livro:
Magnífico!


Novembro de 2011





[1] Oficial do Exército, escritor e professor de literatura. Mestre em Educação e em Ciências Militares. Vice-presidente da Casa do Poeta de Santiago.

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