O amor que se jura



O humor úmido já não mescla
a pesca que não alimenta
é mais um que se mata:
um riso rido do nada

a mistura que se mexe
lapida o breu que se forma

a virtude que se vive é o vício
que se despreza

o lago que se enche é a lágrima
que se jorra

o laço que se prende é a fita
que se revela

o amor que se jura é a verdade
que se vai embora

o momento que se vive é a jura
do presente

o silêncio que se escuta é o amor
que se emudece

a palavra não dita é a mais ouvida
em amar sem dizer nada

a voz muda que se tange ao sujeito oculto
que ama por nenhuma e nem meias palavras
apenas ama sem uma exatidão

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