amor clandestino


 

vontade veio, veio esta de
calar-me quieta e não proibir nada
o rosto o qual entregaste
deu gás às cinzas, força ao vento
de levar tudo e deixar queimar
os corpos

vontade veio, veio esta de
não refazer o já feito
nem desculpar mais um erro
e prometer nada
até porque não temos o compromisso
da confiabilidade notória, da rotina caída
mas sim de amar desgovernadamente
em compromisso em único termo:
de fazer o que der vontade,
e ela veio
deu vontade...

mas veio, que vontade que veio
de assumir a clandestinidade
nos amando pra sempre
embaixo dos panos descobertos,
dentro da nossa ilegalidade...

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