afrodisíaca das Afrodites
Uma amêndoa,
amém que foste aos quês de ter
pra quê sofrer
ensopar as sopas do pano no canto ocular
se és pupila és também o gato preto – grão clínico
em desvendar o pano, o manto que cobre o altar
se és isso, és o meu olho, o redondo das montanhas de te
enxergar do alto do cume
eu, a cumeeira
veemente de longe não sabendo o que via
era tu, o corpo – a mente -
uma sola atrás da outra assolando a poeira batida
em dez medidas das despedidas por trás
era tu sim
amêndoa caída, afrodisíaca das Afrodites
olho dos óleos essenciais em guardar como lágrima
o perfume de ser mulher
chorar, deixar cair...
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