uma eternidade


Terno enquanto dure
Durarás pra sempre
Sem ao menos uma eternidade
Sem olhos virgens
Sem a exclusividade de uma cegueira
A pureza e o teu patamar caíram
Na tua sinceridade

Sem olhos a gente vai tateando
Sem mãos a gente foi nos sentindo
Sem sentidos a gente vai abduzindo
Vai padecendo
Ao véu daquilo que um dia nos cobriu…

Sem vida a gente “foi nos vivendo”
E o mundo acabou nascendo
Entre uma e outra lágrima
A gente foi nos conhecendo,
Ao frio - molhado
E o mundo desconhecido acabou.

És os meus quês, fui também os seus
És o grito que exala o terno de uma plenitude
És o mundo da gente,
Lá dentro – eu
No fundo – nós
Em nós de quem chora

desata-me com tuas falanges
ata-me com teus pequenos dedos perdidos
ache o caminho
e assegure nossas mãos
bem fortes
firmes
para que o universo não lhe traga ninguém!

Lembra?
Os poemas do primeiro, do segundo?
E aqueles que são teus
Apenas entre nossos dedos
Peço-lhe: não vá embora
Pois à noite sonhei contigo
Era aquele nosso domingo à beira mar
Casando comigo, à noite de luar…
Dizendo sim pra mim!

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