E os versos seguem...





Preciso reorganizar. A arte, a vida, a ordem analógica das ideologias do amor. O cair de tudo invade. A queda que desprende, prende mais. Agarra-me em seguir em conhecer novamente, outra primeira vez. Ali, o mundo segue. Aqui, o maior continua mais intenso. Abaixo dos lençóis, o mofo reabre à luz, luminosidade profundo do que dormia. O cheiro que esteve esquecido, a distância que nos emprestou algo que ainda não quero lembrar. Reviver é nascer de novo. Um brinde ao amor maior. Às loucuras. Às destrezas. Senti-me leve quando assoprou o beijo da sinceridade. O mundo está calmo, rumo ao desencontro de tudo que um dia sonhávamos. Os planos desapegados ressurgem ao apego da vontade de fazer a realidade. Quando amo, descubro que não apenas amo, mas entendo como te amar. A força que me faz seguir é incalculável perto do que somos. E perto do que fomos, faz menção a outro caminho, que não agora. Que não mais aqui, neste momento. Que não mais forte frente a nossa súbita presença. Se quando nos encontramos, temos a certeza... Não será na ausência que iremos esquecer! E que esse encontro não nos faça esquecer de que mesmo na distância a ausência bate na saudade de sentir a falta e também a presença. Mas, preciso reorganizar... A vida, os versos, a arte... Pintando as loucuras, os nossos desenhos seguem, com mais terra, chão e a raiz para um novo plantio... Uma colheita em tempos bons e o sereno das madrugadas quando tudo dormia, em teu peito eu apenas te aceitava... Não entendia se é para entender. Mas eu ainda te amava, se sei hoje que ainda te amo! Não dúvidas dos deslizes que o ser humano tropeça. Não há tropeço, há porque tem de ser. Apenas isso. As coisas, às vezes, tem que acontecer. De um jeito ou de outro, há de ser jeito. De um encontro e outro, a vida segue. E ela tem que seguir, querendo ou não, agradável ou não, mas ela é apenas a vida. E o amor, será sempre, ele mesmo...

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