então, toma...
E como de costume para não perder as estribeiras, mais do
que a própria hora de me deixar, mais uma vez, escrever: Amor, milionésimas
vezes amor...
Amor,
Se me escondesse por um milésimo
Ou todo o prol da vida,
Ela sim que seria má
A sincera idade que te fez até aqui
Sendo ela que não me deixou apenas ir mais
De mim, amor
Sumir
Amor,
Aconteceu porque é a vida
Sendo ela a que segue
Ou amor,
Aconteceu porque seguimos na mesma?
Amor,
Um olhar pra trás fez pensar na tua perda
Não que deixaste de ganhar
Foi o momento que não nos desprendeu
Mais uma vez, amor.
Amor,
Estás tão quente ao meu lado
Prometi não lembrar
E como faço pra te agradecer?
Se não na mesma sinceridade
Do quanto, eu sei
O quanto, fiquei triste
No instante, mas em não
Querer nos deixar a sós...
E mais uma vez.
Mais outra e aquela mais.
Só mais um pouquinho e agora podes ir.
Ide. Ide. Ide.
Eu é que não entendia, mas não mesmo: eu não quis!
Se era pra não querer,
Se era a hora de não mais decidir
Não.
Eu não sabia decidir
Apenas aprendi a te escolher.
Entre tantos rasgos de bem-me-quer
Mal-me-quer
Ficamos no quer, quer, quer
Aos cais do bem e do mal,
Querida, queremos!
Fiz o momento sem considerar
Num descarte de todos os ais que a vida me doeu.
Se é que tive de ficar triste,
Não saberia fazer a tristeza.
Não sei se era lágrima
Ou o instante que não havia de ser triste.
Sabia que um dia, era
Passaria, dela
Sem ao menos trepidar nada.
Mas aquilo não deveria ser de algum dia,
Amava-te naquele fortuito, apenas nele
A certeza era aquilo
E a ti já não me surpreendia mais.
Por assim,
Aguardei, conservei-te o amor
E a reza de que deveria voltar a ser
De quem sempre foi.
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