Uma valsa tênue



Tens a alegoria, o suingue da sístole
que insiste, meu amor
em dançar, sua sinfonia

tens os pés, aos pares
que rimas um colá e outro cá
no parquê, sem porquês, és amor
são os passos, aos ares
no chão, que invade
a nos levantar

tens a orquestra, o prumo
a boca branca, o selo
que cerras o muro
a nos separar

tens os tambores, a voz tênue sublime
teve amor, tens a mim: a dor e o ciúmes
sou o teu pandeiro firme
que insiste em bater,
nas noites calmas, são minhas palmas
grata em ter você

és o meu mundo redondo, minha alegria
minha alegoria e ponto
és minha valsa que não queria perder
sorria, meu amor
- ele também não é perfeito, mora longe e perto

você–

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