Meu sonho erótico
Sonho meu...
Alguns trechos do que - realmente - não calhou. Foi sonho mesmo e nada assim. Estava guardando para o próximo livro, mas o personagem morreu antes da época, uma morte súbita. Desculpa, meus leitores, não sabia que assim seria. E o que estou vivendo agora, quero só viver, só viver...
Sonhei até o fim, até agora. Várias
noites em que fui inundada pelo erotismo da exuberância do teu corpo – que
nunca vi – sei que é bonito. Momentos que respondeu os estímulos – meus –
desejados. O sonho já está sendo. É esse, o qual, tu lês agora. Tenho medos.
Medo de desagradar a realidade e estragar tudo. Desagradar um ao outro. Não
serei capaz de continuar a mesma. Correspondo-me com esse caos incompleto. Tua
presença, um dia, poderá fazer falta. Mas esses sonhos me levam da vida comum.
Completam-me dia-a-dia. Seduzem e abduzem o que possuo.
Lembra a nossa troca de mensagens?
Sei, fui inconveniente. Pedi-lhe o endereço (sem dúvidas da tua inocência).
Jamais mandaria flores. Levaria a ti, minha entrega mais breve, mais relâmpaga,
mais veloz, mais ligeira, mais faminta. Levaria esse sonho bem extasiado.
Disse-me que havia dois endereços. Porém, apenas um chegou até mim. Imagina dois.
O que levaria, então, ao outro? Se o primeiro já me entreguei; o segundo iria
desintegrar!
Quando me olhou, eu o atraí nesse mal
olhado. Prontamente eu o possuí em imaginações severas. A intensidade das vezes está arrastando os
sonhos. Adiando uma última vez, o esquecimento. Prolongando mais vezes, um
pós-parto, fato, ficção… Nada disso. Não terá a última. Mais vezes, mais… Cada vez – quero – mais.
Sei, queres também. Das vezes que foi pra mim.
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