Diga sim pra quem?

pra mim.

Mais nada fica feio até que o efeito passe.
c.jornada



pra mim.






sem elas, não há ela
mas a ela
há mais vida

a ela
amo tudo
até que o efeito passe

a ela
estou a deriva,
quando tombar o amor
a dor
não será sentida

a ela
eu derivo o delírio
tão livre, o amor
que durará como perdura
o ar
amar-te-ei
enquanto as asas baterem
e a borboleta respirar

a ela
não imagino para escrever
o que poeto
são as coisas que a vida já sentiu

a ela
eu reapaixono
tão livremente
que não preciso tocar a nuvem
para a chuva calhar

e tampouco
passar o café
para o aroma respirar

a ela
não sei mais o que escrever
já inventamos uma palavra
e nada
do que não existe
substituirá o sinônimo
do amor

a palavra que definimos
já é fraca
assim como o eu te amo 
já foi dito
agora,
basta-nos viver


uma paixão de cada vez
assim é,
a ela,
meu reapaixonar

Comentários

Anônimo disse…
O poema se inicia com refinada transitoriedade, talvez se perceba até mesmo o silêncio de uma alma inquieta, ecoando alguns movimentos solitários e pontuais. Porém, há perplexidade quando se anuncia que o amor a ela, que poderia se passar despercebido, na realidade é uma mulher profunda.
Anônimo disse…
o próximo livro será de poema lésbico?
Anônimo disse…
Duvido que seja. Se for, leitores anônimos se revelarão! Um sucesso e a festa na Casa!
Anônimo disse…
Pelo que ouvi falar será de crônicas.
Anônimo disse…
prefiro cronicas do que os poemas longos dela. aqeles desabafos longos são perfeitos. mas eu também gosto da inspiração poética.
J. disse…
Em palavra forte, esse amor a ela deve ser coisa que não existe de tão linda a poesia.
Anônimo disse…
O cosmo, querida. Ele mesmo! Tua poesia desnuda, sempre! Faz-se sentir coisas. O perfume, o diamante, o café. Tanto faz, melhor é o perfume da tua pele, tua poesia. Parabéns a ela.

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