Forte, do fim
Sabor era o gosto que detinham nossas carnes
Forte era nossa madrugada
Mesmo de roupa a gente fazia amor
Apenas trocando orgasmos por uma mesma
Ambição: a de estarmos juntas
Forte, foram nossos beijos
Que mesmo escassos eram
Nutridos pela cafeína da nossa dignidade
A nossa
Circulação: eram os nossos líquidos
E a troca de sangue
Talvez fosse a cumplicidade
De sofrer pela mesma causa:
Nosso amor proibido
Forte, criatura
O teu silêncio carregou
As vezes que deixei de
Pronunciar um pouco mais de
Palavras verdadeiras
Um pouco mais de fidelidade...
Comentários
Bjux
Lindo demais esse poema e como combina comigo!!
nossa... simplesmente perfeito essa passagem
o texto todo é muito lindo e envolvente.
adorei
beijao e forte abraço