Forte, do fim

Sabor era o gosto que detinham nossas carnes
Forte era nossa madrugada
Mesmo de roupa a gente fazia amor
Apenas trocando orgasmos por uma mesma
Ambição: a de estarmos juntas

 
Forte, foram nossos beijos
Que mesmo escassos eram
Nutridos pela cafeína da nossa dignidade
A nossa
Circulação: eram os nossos líquidos
E a troca de sangue
Talvez fosse a cumplicidade
De sofrer pela mesma causa:
Nosso amor proibido


Forte, criatura
O teu silêncio carregou
As vezes que deixei de
Pronunciar um pouco mais de
Palavras verdadeiras
Um pouco mais de fidelidade...

Comentários

Viver um amor proibido, faz sofrer, mas também os momentos de encontro, tornam-se pelo de prazer.
Bjux
SolBarreto disse…
Nossa Camila!
Lindo demais esse poema e como combina comigo!!
k2L disse…
"mesmo de roupa a gente fazia amor"
nossa... simplesmente perfeito essa passagem
o texto todo é muito lindo e envolvente.
adorei
beijao e forte abraço

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