no mais, vai bem
Por mais que eu seja
uma tranca
por mais que eu me sinta
um fecho,
estou hoje numa pasta
zipada
com o bater do cadeado
aceitei o giro da chave
chorei quando ouvi
o som do portão
fechando-se aos
dedos de quem muito
beijei...
esperei chover
pra lavar quem eu fui
e também juntar
a oleosidade dos cabelos
para lubrificar a fechadura
do meu coração
e assim, amar novamente...
ah, e no mais
vai bem...
Comentários
Ainda bem que não perdestes a chave. Outros amores virão.
Bjux
Lindo poema!!