no mais, vai bem




Por mais que eu seja
uma tranca
por mais que eu me sinta
um fecho,
estou hoje numa pasta
zipada
com o bater do cadeado

aceitei o giro da chave
chorei quando ouvi
o som do portão
fechando-se aos
dedos de quem muito
beijei...

esperei chover
pra lavar quem eu fui
e também juntar
a oleosidade dos cabelos
para lubrificar a fechadura
do meu coração
e assim, amar novamente...
 ah, e no mais
vai bem...

Comentários

Olá Camila
Ainda bem que não perdestes a chave. Outros amores virão.
Bjux
SolBarreto disse…
Ainda bem que lubrificou o coração e deixou ele aberto para novas oportunidades!
Lindo poema!!
Anônimo disse…
Adorei Camila...os amores são como as folhas de outono e tu descreveste muito bem. Te sigo sempre por aqui.Um bjo, amiga!!

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