eu comi um pudim de passas e...
Nem o
papel da conta
não se
deixa escrever
o amor que
não
que não consegue
ser poesia
de tão
poema que por si só que é
já basta
não ser lido em nada
quem lê
vai dizer
que o amor
é uma bosta
mas eu
digo
que tem
gosto de pudim de passas
não arranjo
escrever
o doce que
há dentro de ti
não que tu
sejas oca
eu é que
adoço os lábios
com o teu
leite moça
antes de
qualquer poesia
passar
pelos meus dedos
do teu gosto,
fiz-te
um soneto
de oralidade
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